MENSAGEM DO PRESIDENTE JOVEM DE DEZEMBRO

Postado em 14 de dezembro de 2020

Brasil, Dezembro de 2020.

Por Marcos Costa, Presidente da Juventude Democrata Cristã do Brasil.

“Quem me acode à cabeça e ao coração neste fim de ano, entre alegria e dor?

Que sonho, que mistério, que oração?

Amor.”

Com este lindo poema de Carlos Drummond de Andrade encerro minhas cartas mensais deste ano embaralhado.

Este dezembro de 20 chega como nunca com muita, muita sede de esperança.

Sede de esperança e necessidade de reflexão.

Não conheço uma só pessoa que diz que este ano foi fácil. 2020 foi e tem sido um ano muito difícil, certamente o mais difícil que eu, particularmente já vivi, e provavelmente no seu caso também não foi muito diferente.

Escrevo hoje aqui um texto menos político do que o habitual, tentando exalar mais sentimento do que a frieza das tradicionais análises de conjuntura.

Te convido a reflexão: O que você sentiu neste ano? O que te fez querer ficar vivo? Existiu algum sonho ou projeto que te fez querer acordar bem cedo para realizá-lo? Algo que te mobilizasse com intensa força e energia?

Vi amigos e amigas, alguns destes bem próximos, se candidatando nestas eleições de 2020. Vi aflição, ansiedade, tensão, nervosismo… Entretanto vi também sonho, coragem, vontade de fazer a diferença, de construir a mudança de fato nos contextos em que estavam inseridos. Senti energia boa, que contagia. Presenciei brilho nos olhos, vi fogo no olhar.

Vi alegria no olhar daqueles que venceram, e vi a tristeza e a decepção nos olhos daqueles que perderam. De todo modo, não pude abraçar ninguém, nem os tristes, nem os felizes, pois a “democrática” pandemia restringiu a todos.

Num ano atípico, numa eleição atípica, tudo foi diferente. Não sei se foi, ou vai ser, e como vai ser o futuro. O fato é que o novo chegou, quer a gente queira, quer não. O mundo mudou drasticamente em 2020, e a saída para os dilemas que estão postos e estão por vir se encontram no célebre dito de Bruce Lee:

“Esvazie sua mente de modelos, formas, seja amorfo como a água. Você coloca a água em um copo, ela se torna o copo. Você coloca a água em uma garrafa, ela se torna a garrafa. Você coloca ela em uma chaleira, ela se torna a chaleira. A água pode fluir, a água pode destruir. Seja água meu amigo.”

Sejamos água, e saibamos nos adaptar ao novo mundo que nasceu. Muita inteligência e perspicácia serão necessárias neste momento novo e inexplorado da política nacional e internacional pós-pandemia.

A Democracia Cristã do Brasil fez um bom trabalho. Lutou, divulgou seus ideias e tentou mostrar ao nosso país uma opção equilibrada e coerente nestas eleições municipais. Saímos vitoriosos pois nossa bandeira foi muito bem levantada. O desafio de 2022 que se aproxima é ainda maior. Um mundo novo, uma política diferente e um cenário que se desenha conservador e ao mesmo tempo extremamente inovador, complexo, intrigante e desafiador.

Voltando ao sentimento, desejo que 2021 seja um ano de abraços, de reencontros, de carinhos e apertos de mão firmes. Que o amor seja maior que o medo, e a esperança seja o combustível pra construção de cidades, estados e de um país melhor.

Sim, o presente está difícil. Mas com o aprendizado destes tempos nebulosos sairemos mais fortes enquanto sociedade, enquanto humanos e espero que sejamos mais cidadãos. Mais ligados na coletividade e no cuidado com o próximo.

Sei que posso soar como utópico de fim de ano, e talvez seja isso mesmo (não podemos perder a esperança). Que venham as promessas da virada, mas que dessa vez, tenhamos a clareza de que não podemos esquecer o mais importante de tudo: O amor.

Feliz dezembro aos irmãos e irmãs Democratas Cristãos do nosso imenso Brasil.

Com amor,

Marcos.

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